Como bolas de
sabão
Ilusórias, vão com o vento
Mostram um brilho fugaz
Frágeis, elevam-se pouco tempo
Pintam-se entre azul e lilás
Flutuam leves na mente
Como bolas de sabão
Rompem-se rapidamente
Desfeitas, caiem no chão
Partículas de efémera luz
Tentam-se reconstruir em vão
Um resto que já não seduz
Morre em gotas na mão
São só fragmentos decadentes
De uma bola de sabão
São essas palavras sopradas
De tão longe do coração
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align=left>É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Eugénio de Andrade (1923 - 2005)
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size=1>(Imagem retirada em www.bancopenta.cl/ asesoria/empatia.php)
Hoje não trago um daqueles poemas metricamente incorrectos mas que mal ou bem vão rimando pela admiração por aqueles que realmente sabem escrever poemas. Venho falar da minha amiga "Ilda" (nome fictício), dos nossos sonhos acalentados na nossa adolescência e a diferença de conceitos de amizade entre os nossos verdes anos e agora
Hoje encontrei-a novamente, leva muita pressa, não pode estar muito tempo ausente de casa. Assim que me avista uma lágrima teima em aparecer. Não espera que eu pergunte, já está desabafando, fala do problema recente que já presume de longa, senão infinita duração. É a filha, adolescente. No início, a "Ilda" pensou ser problema inerente à adolescência, daqueles passageiros que com amor, compreensão e dedicação se ultrapassam. Depois vendo que o problema se agravava procurou psicólogos. Não passou
A "Ilda" procura coragem para lidar com esta situação, é difícil. Ela não chora ao pé da filha, mostra-se forte. Quando me encontra, tenha o que tenha para fazer, desabafa até não poder mais, não sente o tempo passar e eu também não. Sinto, antes, este aperto cá dentro. E ela vai falando, falando
A minha memória relembra em flash os tempos da nossa adolescência, em que fazíamos mil planos, em que tudo para nós iria ser um mar de rosas. Olho para ela, abatida, e exponho mil alternativas para ela por em pratica. Volto outra vez à minha adolescência, amigas naquele tempo de brincadeiras, de namoricos, mas hoje amigas diferentes, uma fala enquanto a outra escuta. Entrar na pessoa que temos à nossa frente é a expressão certa, é compreender o que outro está sentindo. Identificar-se com ele(a) não se consegue com um simples abanar afirmativo de cabeça ao longo da conversa. A empatia pode estar presente mesmo quando acabamos de conhecer uma pessoa. Conseguir transpor a barreira da indiferença e sentir que aqueles problemas podiam ser nossos, aí sim, entramos na pessoa que temos à nossa frente e ela sente isso. size=2>Lê-se nos olhos, sente-se na alma.
Vai correr tudo bem "Ilda", vais procurar todos os meios possíveis e impossíveis, para a frente, sempre! Vamos sorrir?! Assim mesmo, ainda sabes sorrir, como antes!
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