Quarta-feira, 28 de Março de 2007

Cansaço...

 

O que há em mim é sobretudo cansaço

Não disto nem daquilo,

Nem sequer de tudo ou de nada:

Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço.

[...]

(Fernando Pessoa)

 

Escrevinhado por gaivota da ria às 23:22
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Segunda-feira, 19 de Março de 2007

Agora "semos" all-garvios ou ôlgarvios

Allgarve??? Encaminho-me para «ferramentas», «ortografia e gramática» e não, não consta do dicionário, cujo idioma é Português(Portugal). Sugestões? Algarve! Decididamente tenho de actualizar este programa. Ainda é do tempo em que o Governo ainda não pensava aprovar a mudança do nome da minha terra para melhor vende-la ao turismo e não é que um simples L vale três milhões de euros(já ouvi seis e também já ouvi nove)?!!!
Reconheço a minha ignorância, daí talvez a cara de idiota com que fiquei depois de ter visto escarrapachada a palavra  Allgarve apresentada pelo senhor ministro da economia.
O mote foi «Experiências que marcam». Ai marcam! Marcam e de que maneira! Marcam-nos a nós que vemos bem longe indivíduos vestidos de branco com um pau dando pancadinhas delicadas num campo verde a perder de vista, dizem que são 9 a 18 buracos...Não sei se são, se não, estão muito longe... Mas no próximo Verão se não substituírem esta promoção do famoso L por outra menos ofensiva para alguns algarvios, para outros menos trágico-cómica, vou fazer os possíveis para «furar» e poder chegar até lá, a um dos extensos e inúmeros tapetes verdes e perguntar no meu fraco inglês a um qualquer desses turistas se sabe em que região está. Provavelmente responderá: I am in All-garve! Ao que perguntarei: What is the name of this country? Talvez fique com uma cara de parvo parecida com a minha no momento em que ouvi a novidade pela primeira vez e diga: It´s the south of Spain...

                                                              

 

     all-garvios marafados                          all-garvios marafados                                                                             

Escrevinhado por gaivota da ria às 23:05
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Quinta-feira, 8 de Março de 2007

Nós, as mulheres...

Não, não vou fazer nada de especial no dia 8 de Março, o chamado Dia Internacional da Mulher.
As mulheres são mulheres todos os dias.
As mulheres não precisam de um dia específico para lhes lembrar que o são.
Elas não escolhem o dia 8 de Março para lutar pelos direitos que lhes pertencem, elas travam a luta durante todos os dias e em todas as áreas. Toda a gente sabe que esse esforço tem de ser maior principalmente na área da profissão, onde ainda se nota desigualdade de direitos. Esses direitos são das mulheres por legitimidade e a luta pela sua conquista  tem de ser ininterrupta, não acredito que este dia vá modificar com  relevância alguma coisa.
Pensando bem, se não houvesse desigualdade porque existiria este dia? Haveria lógica em lembra-lo?
Sim, sei porque escolheram esta data para comemorar o dia da mulher. Respeito essa luta de há 150 anos. Mas isso não me faz mudar de ideia. A vida é uma luta constante, seja pelos direitos da mulher, seja por outros direitos que qualquer pessoa, seja mulher ou homem, veria concretizados, caso não houvesse inércia, desprezo, ganância e um fingir de que se irá resolver tudo assim que as situações o permitirem.
Não, também não vou alinhar no mega jantar de colegas, amigas e amigas das amigas. Até, confesso, um jantar só de mulheres para mim seria demasiado enfastiante .
Também acho sempre ridículo no dia da mulher as usuais reportagens para os jornais da noite em que mulheres se preparam efusivamente para a apresentação do culminar da noite, o esperado strip masculino. Se apreciam a sensualidade da arte do despir masculino não precisam esperar pelo dia 8 de Março, é que assim, já bebidas e histéricas acabam por não conseguir apreciar nada. E depois, já pensaram que essa arte pode ser testemunhada e até sem pagar nada em qualquer dia do ano?
E só para terminar, mulheres da minha terra e arredores não façam muito barulho nesta noite/madrugada, entre dias 8 e madrugada de 9 de Março na minha rua, ai como eu detesto esses gritinhos histéricos, e o vosso cambalear desordenado. É assim que a luta de 1857 continua? É assim que pretendem chamar a atenção para o nosso papel na sociedade, é assim que querem contestar preconceitos e limitações a que estamos sujeitas? É assim que procuram o reconhecimento do nosso valor e da nossa dignidade?
Irei à janela como o faço todas as noites antes de me deitar e olharei as estrelas serenamente na expectativa do dia de amanhã, tenho consciência daquilo a que chamam a nossa fragilidade mas nunca me acharei fraca, a essa fragilidade dar-lhe-ei o sinónimo de sensibilidade. Não preciso medir forças. A minha força alentará sempre a exigência daquilo que sei que me deverá caber por direito. Principalmente respeito, amor, carinho tal como também qualquer pessoa precisa independentemente do sexo. Assim sim, seríamos iguais. Gosto muito de ser mulher. Mas o meu dia não é dia 8 de Março, são todos os dias do tempo em que estarei por «cá».
Mulher de 40
Escrevinhado por gaivota da ria às 00:12
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