Desde a linda
Praia da Leirosa chegou o convite a continuar o encadeado de «cinco manias».
E o motivo pelo qual respondo a mais um desafio está todo ele definido na palavra com que adjectivei a Praia da Leirosa, musa inspiradora de uma pessoa que tão bem sabe exprimir sentimentos:
Juda.
Perguntei aqui ao pessoal quais seriam as minhas manias mais relevantes, já que ninguém melhor do que os outros para nos avaliar, não é?! A resposta veio depressa:
- Pois...as tuas manias são esta, esta, esta e esta...
- Ah, não! Essas não digo! Nem pensar!
Posto isto, aqui vão algumas das minhas manias, estas mais inocentes, mas que não deixam de ser manias.
Num dia em que os meus prolongamentos das células nervosas andam em maior frenesim demonstro isso em alguns aspectos, como estes por exemplo:
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Espalho os papéis com que estou a trabalhar de maneira a que não se vislumbre nem um bocadinho da cor da secretária. Nunca é demais repetir a minha frase predilecta e aqui adaptada: No meio da desorganização nasce a criatividade.
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Tiro uma esferográfica do copito, utilizo-a, pouso-a, depois quando preciso de escrever novamente vou ao copito, tiro outra esferográfica, utilizo-a e pouso-a e este ritual vai-se repetindo até não restar uma esferográfica ou até um lápis dentro do copito. É ver-me depois à sua procura debaixo dos papéis, dos teclados, etc. etc. Finalmente vou encontrando-os, volto a pô-los todos lá dentro e tudo volta ao princípio...
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Há qualquer relação transcendental entre mim e uma das rotundas que tenho de contornar de cada vez que regresso a casa, assim que acabo de a contornar levo o dedo mínimo à boca, mais propriamente entre dois incisivos e lá venho com ele durante uma pequena parte do trajecto...(já sei, já sei o que estão a pensar: «é doida varrida», isto era sobre manias não era? Então!!!)
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Agora mesmo neste instante, a pensar quais serão as minhas duas últimas manias levo as pontas dos dedos à testa ver se encontro alguma borbulhinha perdida no tempo mas não, já foram todas com a puberdade.
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Pronto, cheguei ao número cinco mas não, decididamente não me lembro de mais nada de relevo a assinalar no desvio maníaco do meu dia-a-dia.
Não vou passar as manias a ninguém mas aproveito para justificar a minha ausência, desta vez estou a ter uma relação bastante forte. É uma relação deveras dominadora, já a mantenho vai para uns quinze dias. Tem um poder possessivo sobre mim de tal forma que me impede de fazer a minha vida normal, segue-me para onde quer que eu vá, não me dá tréguas, até aqui, junto ao computador persegue-me sem piedade. Tenho feito muito para me livrar dela mas até agora, ainda sem grandes resultados. É ela, a Contractura! Ah cervical, cervical porque me atraiçoaste e me deixaste sob os caprichos deste cupim e como é que este caruncho sobreviveu ao dilúvio? Noé estaria distraído quando o bichinho sorrateiramente se meteu na arca? São perguntas que me invadem o pensamento nesta época de humidade! Preferia as borbulhas da puberdade!
Tu tens uma relação dominadora com alguem chamado contractura e logo numa cena em que um cervical qualquer te atraiçoou??? Só não percebi porque é que Noé se meteu na arca? Andaria com a contractura e escondeu-se para não ser descoberto pelo caruncho? Roda-se, tu estás com bué de problemas, tia!!!!! Mas olha lá...tu estás pior que eu que sou puto: uma relação de 15 dias e já andas assim, altamente possessiva? Puxa, vai lá vai. Como diz a minhoca ...ou te fazes á estrada ou então.....lá está!!!!!!! (Melhoras babosas, fixes, bacanas e cordiais)
Alectorzito eu não disse que era eu a dominadora, «ouvistes»?! E não tens nada que vir cá puto, vais ver se não digo ao teu tio, estas conversas não são para a tua idade! xô, dá de froskes manda a minhoca do teu tio cá, digo, manda o teu tio Sr. Castor.
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